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Por que ler 'Barriga de Trigo'?

Atualizado: 24 de jan.


No blog Broto Botica, buscamos sempre incentivar bons hábitos e escolhas mais saudáveis. Por isso, compartilhamos com você este trecho da introdução do livro "Barriga de Trigo", de William Davis. Essa obra, que conquistou leitores ao redor do mundo, é uma leitura transformadora para quem deseja repensar sua relação com os alimentos. Iremos postar pequenas pílulas de leitura a partir dessa semana dessa obra.


Esperamos que esse conteúdo inspire você em sua jornada por uma vida mais saudável. Boa leitura!


Dica de leitura: Barriga de Trigo

INTRODUÇÃO de 'Barriga de Trigo'

FOLHEIE OS ÁLBUNS de família de seus pais ou avós e, provavelmente, ficará

impressionado com a magreza de todos. As mulheres usavam manequim 38 e os homens exibiam 80 centímetros de cintura. O excesso de peso era medido em apenas alguns quilos. A obesidade era rara. Crianças gordas? Quase nunca. Cinturas de 105 centímetros? Não se viam. Adolescentes pesando 90 quilos? Claro que não.


Por que as June Cleavers a das décadas de 1950 e 1960, donas de casa que não trabalhavam fora, além das outras pessoas daquela época, eram tão mais magras que as pessoas que vemos hoje na praia, no shopping ou em nossos próprios espelhos? Enquanto as mulheres daquele tempo geralmente pesavam de 49 a 52 quilos, e os homens, de 67 a 75 quilos, nós, hoje, carregamos 25, 30, até mesmo 90 quilos a mais.


As mulheres daquela época não se exercitavam nem um pouco. (Afinal, não era considerado apropriado, assim como ter pensamentos impuros na igreja.) Quantas vezes você viu sua mãe calçar tênis e sair para correr uns cinco quilômetros? Para minha mãe, exercício era passar o aspirador na escada. Hoje, saio num belo dia e vejo dezenas de mulheres correndo, pedalando suas bicicletas, praticando marcha acelerada – coisas que praticamente nunca eram vistas quarenta, cinquenta anos atrás. E, no entanto, a cada ano que passa, estamos cada vez mais gordos.


Minha mulher é triatleta e instrutora de triatlo. Por isso assisto a alguns eventos desses exercícios radicais todos os anos. Os triatletas submetem-se a treinos intensivos de meses a anos de duração antes de uma competição em que devem nadar de 1,6 a 4 quilômetros em águas abertas, pedalar de 90 a 180 quilômetros e terminar com uma corrida de 21 a 42 quilômetros. O simples fato de conseguir terminar a prova é um feito em si, uma vez que o evento consome vários milhares de calorias e exige uma resistência espetacular. A maioria dos triatletas tem hábitos alimentares bastante saudáveis.


Então, por que um terço desses dedicados atletas, tanto homens como mulheres, tem sobrepeso? Eu lhes dou um crédito ainda maior por terem de carregar 15, 20 ou 25 quilos a mais. Contudo, considerando-se o altíssimo nível de atividade e o exigente programa de treinos a que estão submetidos, como é possível que ainda tenham sobrepeso?


Se seguirmos a lógica convencional, triatletas com sobrepeso precisam exercitar-se mais ou comer menos para perder peso. Para mim, essa é uma ideia decididamente ridícula.


Defendo a teoria de que o problema com a dieta e a saúde da maioria dos norte-americanos não é a gordura, não é o açúcar, nem o surgimento da internet ou o abandono do estilo de vida rural. É o trigo – ou aquilo que estão nos vendendo com o nome de “trigo”.

Você verá que o que estamos comendo, habilmente disfarçado como um bolinho de farelo ou uma ciabatta de cebola, não é, de modo algum, trigo realmente, mas um produto transformado, resultante de pesquisas genéticas realizadas durante a segunda metade do século XX. O trigo moderno tem tão pouco a ver com o trigo verdadeiro quanto um chimpanzé tem a ver com um ser humano.


Embora nossos peludos parentes primatas compartilhem 99% dos genes humanos, com seus braços mais longos, seu corpo coberto de pelos e sua menor capacidade para ganhar o prêmio acumulado num programa de perguntas e respostas, tenho certeza de que é muito fácil perceber a diferença que esse 1% representa. O trigo moderno, numa comparação com seu antepassado de apenas 40 anos atrás, consegue ser ainda mais diferente.


Creio que o aumento do consumo de grãos – ou, mais precisamente, o aumento do consumo dessa coisa geneticamente modificada conhecida como trigo moderno – explica o contraste entre as pessoas sedentárias e esguias da década de 1950 e as pessoas com sobrepeso do século XXI, incluindo os triatletas.


Você pode encontrar o livro em livrarias e também na plataforma:

(PDF) Barriga de Trigo - William Davis - Academia.edu



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